SSPMU avalia que fim do imposto sindical obrigatório enfraquece organização de classe
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A aprovação pela Câmara dos Deputados do fim do imposto sindical obrigatório pode decretar a extinção dos sindicatos, centrais sindicais e federações no País, ou pelo menos o enfraquecimento destas organizações. A avaliação é do presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Uberaba (SSPMU), Luís Carlos dos Santos. O fim do imposto sindical obrigatório é um dos itens da Reforma Trabalhista, aprovada pela Câmara nesta quarta-feira, dia 26 de abril, em sessão que durou mais de 14 horas. Para o trabalhador, este imposto equivale a um dia de trabalho por ano. Para o empregador, há uma alíquota conforme o capital social da empresa. O recolhimento passa a ser voluntário, por opção do trabalhador e do empregador. Luís Carlos admite que esse recurso é muito importante para o funcionamento dos sindicatos, que tem despesas com água, luz, telefone, funcionários, entre outros custos operacionais. Além disso, cita que eventos como a tradicional Festa do Servidor, realizada pelo SSPMU em outubro nas comemorações do Dia do Servidor, é feita com o imposto sindical obrigatório. Atualmente, esse dinheiro é distribuído da seguinte forma: 60% para os sindicatos, 15% para as federações, 5% para as confederações e 20% para a chamada “conta especial emprego e salário”, do Ministério do Trabalho. Uma das entidades que recebem recursos dessa conta especial é o Fundo de Amparo do Trabalhador (FAT), que custeia programas de seguro-desemprego, abono salarial, financiamento de ações para o desenvolvimento econômico e geração de trabalho, emprego e renda. Na avaliação do dirigente sindical, com o fim do recolhimento obrigatório e o enfraquecimento dos sindicatos, as ações em benefício da classe trabalhadora ficarão pulverizadas. Na opinião de Luís Carlos, os projetos de Reforma Trabalhista e da Previdência trazem mudanças que só resultam em prejuízos para os trabalhadores. Além disso, o presidente do SSPMU avalia que promover mudanças nas legislações previdenciária e trabalhista como parte do ajuste fiscal é uma covardia com a classe trabalhadora. Para Luís Carlos, a medida do Governo é uma forma perversa de fazer com que somente os trabalhadores paguem a conta dos erros dos governantes e seus aliados. Nesse sentido, ele reforça que a entidade vai parar suas atividades amanhã, dia 28, engrossando as fileiras da Greve Geral contra essas reformas e a terceirização. “O servidor precisa estar ciente dos prejuízos que terá com essas reformas e como a organização de classe ficará fragilizada se elas passarem”, coloca Luís Carlos. Ele considera que as propostas corrompem a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). O texto-base da Reforma Trabalhista, que recebeu 296 votos favoráveis e 177 contra na Câmara, segue agora para análise do Senado. Pela proposta, são mais de 100 mudanças na CLT, sendo vários itens prejudiciais ao trabalhador, coloca Luís Carlos.
Confira as principais mudanças:
Remuneração
Terceirização
Jornada de trabalho
Banco de horas Fonte: EM
Renata Gomide Assessoria de Imprensa – SSPMU
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