Diretoria do SSPMU deixou a mesa de negociação frustrada ante a negativa de um ajuste maior para toda categoria
Na primeira rodada de negociação da pauta de reivindicações de 2018, a Prefeitura reiterou cumprimento do acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Uberaba (SSPMU) de conceder 5,05% de recomposição, mais a inflação acumulada no ano, totalizando 7,13% de ajuste para a categoria, a serem pagos a partir de Março.
Esses 5,05% correspondem a 50% do INPC acumulado no período de set/2015 a dez/2016, acrescido do INPC acumulado em 2017, correspondente a 2,08%, totalizando os 7,13% de reajuste, acatados pela categoria em assembleia geral ano passado.
Já aos servidores que estão na base e recebem os menores salários da Prefeitura – cerca de 2.000 –, o Governo propôs um aumento de 15,30%, a título de ganho real, além de evitar o achatamento do Plano de Cargos e Salários. A tabela salarial para esse grupo começa com o salário de R$ 954,00.
Para chegar aos 15,30% o Governo antecipou o ajuste que seria efetuado em 2019, motivo pelo qual ano que vem os servidores da base terão apenas o reajuste da inflação.
Os cargos que podem ter esse reajuste são Atendente de Enfermagem; Auxiliar de Enfermagem; Auxiliar de Veterinário; Auxiliar de Necropsia; Dedetizador; Auxiliar de Almoxarife; Auxiliar de Serviços Gerais; Cantineira; Cinegrafista; Contínuo; Copeira de Creche; Copeira; Cozinheiro; Encarregado de Zeladoria; Faxineiro; Instrutor de Artes; Operador de Som; Padeiro; Servente Escolar; Servente Sanitário; Trabalhador Braçal; Vigia; Auxiliar de Secretaria; Auxiliar de Secretaria; Inspetor de Alunos; Pajem de Creche; Auxiliar de Laboratório; Operador de Eletrocardiograma; Agente de Administração I; Agente de Administração II; Agente de Administração III; Auxiliar de Administração I; Auxiliar de Administração II; Auxiliar de Administração III; Cadastrador Imobiliário; e Cuidador.
Na pauta de reivindicações aprovada em assembleia geral – contendo 22 itens – a categoria deliberou por mais 13% a título de reposição da defasagem salarial, mas o percentual foi descartado pela Administração por falta de recursos. Quanto ao tíquete alimentação, o SSPMU solicitou que passe de R$ 500,00 para R$650,00, porém, também nesse caso o Governo colocou a impossibilidade de ajuste no momento.
Porém, o Município se dispôs a voltar à mesa de negociação em julho para tratar desse item.
O resultado da reunião com o Governo será levado para assembleia da categoria ainda a ser agendada, informa o presidente do SSPMU, Luís Carlos dos Santos. Ele, o vice-presidente do Sindicato, Carlos Humberto Costa, os diretores Edna Saito (Financeiro), Ednei Arsênio dos Santos (Patrimonial), Luciene Rosa da Silva (Social), Juarez Almeida (Relações Sindicais) e Daniela Rocha (Secretária) participaram da reunião, acompanhados da Assessoria Jurídica.
Os sindicalistas foram recebidos pelo prefeito Paulo Piau e os secretários de Administração (Rodrigo Vieira) e Finanças (Wellington Fontes), o chefe de gabinete, Fernando Hueb, a diretora do Departamento Central de Recursos Humanos (Decedes), Sandra Barra, e o assessor geral de Planejamento Orçamentário, Jorge Macedo.
Demais itens da pauta ainda estão em negociação. De acordo com o prefeito, “os números hoje não permitem um reajuste”, embora levantamento orçamentário aponte para tendência de crescimento da receita. O chefe do Executivo ponderou, no entanto, que ainda é cedo para ter segurança no processo de retomada da economia nacional.
O secretário de Finanças reforçou que é preciso estar seguro para oferecer mais, enquanto Rodrigo Vieira lembrou que a PMU paga salários, tíquete e Plano de Saúde em dia.
Na avaliação do presidente Luís Carlos, mais uma vez o Sindicato deixa a reunião frustrado com o resultado, pois havia a expectativa de que o Governo daria algo mais para a categoria, além do que foi acordado. “Vamos levar para assembleia e contamos com a participação maciça dos servidores”, diz o dirigente sindical.
Renata Gomide
Assessoria de Imprensa – SSPMU
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