Servidores da Prefeitura decidiram entrar em greve por tempo indeterminado, a partir de sexta-feira, dia 7. A decisão foi tirada em assembleia geral realizada na noite desta segunda-feira, 3 de abril, pelo Sindicato que representa a categoria, o SSPMU.
A greve, com objetivo de reivindicar reajuste salarial à categoria – há dois anos sem aumento –, foi aprovada por unanimidade. Servidores de diversas áreas participaram do ato, totalizando pouco mais de 100 pessoas. Após o fechamento da assembleia foi constituído o Comando de Greve, que nesta terça faz sua primeira reunião para definir estratégias de ação, mobilização, bem como a manutenção dos serviços essenciais, assegurando os percentuais legais.
De acordo com o presidente do SSPMU (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Uberaba), Luís Carlos dos Santos, ainda hoje a diretoria comunicará oficialmente o Governo da decisão.
Além disso, a Assessoria Jurídica da entidade prepara uma ação declaratória de legalidade da greve do funcionalismo da PMU, junto ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
Objetivo com esta ação é resguardar a legalidade do movimento, assim como o pagamento integral do servidor grevista. “Todas essas medidas visam resguardar a categoria que exerce um direito que é seu, de entrar em greve para reivindicar melhores salários”, pondera Luís Carlos.
Ele diz esperar que outros servidores engrossem o movimento, a partir do início da greve, na sexta-feira, para fortalecer o ato.
Ao abrir a assembleia realizada na noite de segunda, o presidente do SSPMU lembrou que o Governo voltou a negar o reajuste nos salários, tíquete alimentação, assim como das outras demandas que têm custo. A administração alega indisponibilidade financeira.
Na pauta de reivindicações de 2017, os sindicalistas solicitam reajuste de 23% nos salários, sendo 5% de aumento real mais a variação da inflação de 2015 e 2016, que totalizou 18,15%, conforme o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Pedem ainda que o tíquete alimentação passe de R$500 para R$620, entre outras demandas.
Ontem, em nova rodada de negociação, o SSPMU foi informado da disponibilidade do Governo atender algumas das demandas da pauta, tais como uniformes e Equipamentos de Proteção Individual (EPI) em 15 dias; liberação das férias prêmio, inclusive em espécie; regulamentação da progressão para assegurar a promoção nas carreiras, e a convocação via concurso público, de dois dentistas (um endodontista e um clínico geral) para atuarem no Sindicato.
O governo também definiu o dia 18 de julho para voltar à mesa de negociação.
As informações foram repassadas aos servidores em assembleia, contudo, a decisão foi pela deflagração da greve em 72 horas. Outras opções colocadas para votação foram paralização parcial (50%) e greve a partir de segunda-feira, dia 10.
Luís Carlos diz esperar que o Governo cumpra com esses compromissos já anunciados, independentemente do movimento de greve.
Além dos dirigentes do SSPMU, a assembleia teve a presença de três, dos quatro vereadores que compõem a Comissão de Assistência aos Servidores: Ismar Marão (presidente), Rubério Santos (relator) e Ronaldo Amâncio (vogal).
Renata Gomide
Assessoria de Imprensa – SSPMU
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