Por unanimidade, os servidores que participaram de assembleia geral promovida pelo SSPMU – Sindicato da categoria –aprovaram indicativo de greve. O ato realizado na sede da entidade, nesta quinta-feira, dia 30, reuniu cerca de 140 servidores.
Nesta sexta, os sindicalistas voltam à mesa de negociação com o prefeito Paulo Piau, que atendeu solicitação para recebê-los após a assembleia. Num primeiro momento o Governo negou reajuste salarial bem como do tíquete alimentação ou qualquer outra demanda da pauta de reivindicações de 2017, que tenha custo.
Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Uberaba (SSPMU), Luís Carlos dos Santos assegura que a intenção é avançar nas negociações, com expectativa de que o prefeito tenha algo a oferecer, que não seja zero de reajuste. Ele reforça que os produtos, serviços, entre outros itens, foram reajustados e têm impacto na vida do funcionalismo.
Ele ponderou que a participação da categoria é fundamental no processo de mobilização, lembrando que o Sindicato está fazendo sua parte. Contudo, para obter resultado é necessária a união de forças, o que só é possível com a presença da grande maioria dos servidores, coloca Luís Carlos.
"Precisamos de um número significativo para a decisão ter respaldo", defende.
O resultado da reunião com o prefeito, nesta sexta-feira, 31, será levado à assembleia geral do dia 3 de abril (segunda-feira). Se não for apresentada contraproposta pelo governo municipal a categoria deverá definir a data para o início da greve.
Os sindicalistas solicitam reajuste de 23% nos salários, sendo 5% de aumento real mais a variação da inflação de 2015 e 2016, que totalizou 18,15%, conforme o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Pedem ainda que o tíquete passe de R$500 para R$620.
A pauta também contempla o pagamento do adicional de periculosidade aos condutores de motocicleta e vigias, e do adicional de insalubridade, especialmente para os servidores que atuam na área da Saúde; aumento do percentual do adicional de horas-extras aos sábados, domingos e feriados para 100%; garantia de manutenção do plano de saúde; implantação do seguro acidente de trabalho e doenças ocupacionais; fornecimento de uniforme e equipamentos de proteção individual, entre outros.
O documento pede ainda a instituição da bolsa auxílio educação para incentivar os servidores a retomarem os estudos, sendo que o SSPMU vai solicitar a fixação de um cronograma para pagamento das férias-prêmio – aos efetivos –, e a adoção de medidas que garantam o pagamento de verbas rescisórias em até 60 dias.
Renata Gomide
Assessoria de Imprensa -SSPMU
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