Jornal da Manhã
Thassiana Macedo
06/11/2013
Guardas municipais se reuniram no Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Uberaba (SSPMU) para discutir a situação da categoria. Eles estão insatisfeitos com as condições de trabalho impostas pela Prefeitura de Uberaba e chegaram a cogitar a possibilidade de entrar em greve a fim de obter melhorias. Além da falta de efetivo, os GMs reclamam que recebem baixos salários e sem direito a horas-extras.
De acordo com o presidente do SSPMU, Luís Carlos dos Santos, durante a reunião os guardas municipais apresentaram a ameaça de greve. “Mas nós conversamos com eles e colocamos que primeiramente a categoria deve buscar um diálogo e um entendimento junto à Administração e é isso que vamos fazer. Vamos agendar uma reunião para a próxima sexta-feira (8) com o secretário de Administração, Carlos Bracarense, e com o secretário de Trânsito e Transporte, Emanuel Kappel, para levarmos os anseios da categoria e ver o que pode ser feito”, afirma. Para ele, é preciso que a categoria esgote todos os meios possíveis de resolver a situação com a Administração antes de deflagrar a greve.
A categoria reclama que o novo diretor impôs uma escala de serviço rotativa, na qual os GMs trabalham sábado, domingo, feriados e pontos facultativos. “A maioria da Guarda tinha hora-extra, mas com a mudança da escala eles perderam as horas-extras e a Prefeitura está pagando apenas o salário normal. Eles querem que a Administração os compense de alguma outra forma. Eles têm uma gratificação de R$ 309, mas entendem que se a Prefeitura está economizando, e muito, com a mudança da escala, querem uma compensação, porque cada um deles tem compromissos a cumprir. Há guarda que teve redução de mais de R$ 800. Eles ganham pouco mais que o salário mínimo, sendo que a gratificação e as horas-extras melhoravam o salário no fim do mês”, explica.
Outro motivo de insatisfação é o efetivo que a Guarda Municipal de Uberaba tem hoje, o qual não seria suficiente para as atribuições da corporação. Com efetivo reduzido, eles reclamam que alguns serviços ficam prejudicados, como, por exemplo, a Patrulha do Silêncio. “Eles dizem que com o atual efetivo não conseguem atender a todas as solicitações e que, com a escala rotativa, vão trabalhar quase sem descanso. A princípio, eles não querem onerar o município, mas eles também não querem perder, o que está acontecendo pela forma como está sendo colocado pelo novo comandante da Guarda”, completa Luís Carlos dos Santos.