O ofício do SSPMU comunica ainda, ao prefeito, que foi aprovada greve por tempo indeterminado a partir do dia 9 de abril de 2012, caso “a administração municipal endureça as negociações e continue se negando a apresentar uma proposta de recomposição salarial razoável e que garanta uma revisão geral remuneratória que possa recompor minimamente as perdas salariais e o poder aquisitivo dos vencimentos dos servidores”.
SERVIÇOS ESSENCIAIS – A diretoria do SSPMU também informa que foi deliberado e aprovado pela assembléia, que a categoria se comprometerá em manter um efetivo mínimo de servidores em atividade para garantia da continuidade dos serviços essenciais destinados à população.
“Solicitamos, desde já, que seja designada reunião em caráter de urgência, e antes da data estabelecida para início do estado de greve, para definição conjunta entre este Sindicato e a Administração Municipal, sobre o percentual mínimo de servidores a serem mantidos no exercício das atividades para continuidade dos serviços essenciais” – pede o SSPMU.
JUSTIFICATIVA - "Pedimos desculpas à população e sua compreensão pela greve, mas, esgotamos todas as negociações possíveis” – ressalta o presidente do SSPMU, Luís Carlos dos Santos.
Ele lembra que há tempos o sindicato tem sido cobrado, pelos servidores, para implementar uma ação mais contundente.
Entretanto, de acordo com Luís Carlos, a atual diretoria optou por investir nas negociações, procurando evitar medidas como a paralisação.
“Infelizmente, tudo o que obtivemos em troca desta nossa boa vontade foi desprezo em relação ao sofrimento dos servidores municipais de Uberaba” – desabafa o sindicalista.
RODADAS – Além de três rodadas de negociações diretas com o prefeito, a diretoria do SSPMU buscou o apoio da Câmara de Vereadores, que, por sua vez, também procurou sensibilizar o governo municipal em audiência promovida esta semana.
Os vereadores chegaram a propor um reajuste de 6% em parcela única, mais R$ 120 de aumento no valor do tíquete-alimentação, que hoje vale R$ 210.
“Se o prefeito tivesse aceitado a proposta dos vereadores, o sindicato até se disporia a defender a aprovação na assembleia” – admite o presidente do SSPMU.
Entretanto, segundo ele, só um reajuste salarial de 5,5% não merece sequer ser levado em consideração.
PAUTA 2012 – A pauta de 2012 reivindica 19% de reposição das perdas inflacionárias, 15% de aumento real de salário, além do reajuste para o tíquete-alimentação. Ao longo de três rodadas de negociações, o prefeito ofereceu de 5,5% a 6% dividido em três vezes.
Após a conversa com os vereadores, a proposta passou para 5,5% em parcela única.
“Não queremos esmola; queremos um salário digno para os trabalhadores que tanto contribuem com desenvolvimento humano, econômico – e principalmente, social, de Uberaba” – destaca Luís Carlos.
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