SINDICATOS REPUDIAM “DESCASO COM O SERVIDOR MUNICIPAL” E PLANEJAM
ATO PÚBLICO PARA O FINAL DE JANEIRO
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Se até o final de janeiro o governo municipal não tiver uma resposta concreta para as pautas de reivindicações relativas a 2012 – protocoladas na prefeitura ainda em 2011, as diretorias dos três sindicatos que representam os servidores municipais de Uberaba vão convocar um ato público conjunto.
Objetivo é repudiar o que os sindicalistas chamam de “descaso para com os servidores e os sindicatos”.
A decisão foi tirada dia 11 de janeiro, em clima de revolta - intensificada por declarações feitas pelo prefeito Anderson Adauto à imprensa da cidade e que caíram como bomba nos sindicatos da categoria.
DESRESPEITO - Ao descartar a realização de concurso público para a contratação de pessoal no futuro hospital regional - que está sendo construído em Uberaba, o prefeito justificou que “muitos servidores concursados utilizam mal a estabilidade”.
E disse ainda, que “a contratação temporária possibilita maior eficiência na prestação do serviço e ainda permite a demissão sumária daqueles que não desempenharem as funções corretamente”.
REAÇÃO - “Vamos realizar dois atos num único dia, inclusive no Centro Administrativo, em data a ser definida no final de janeiro” – resumem Luís Carlos dos Santos, Adislau Leite e Jasminor da Costa, respectivamente presidentes dos sindicatos dos Servidores Públicos Municipais de Uberaba (SSPMU), dos Educadores do Município de Uberaba (Sindemu) e dos Trabalhadores da Indústria de Purificação e Distribuição de Água e Serviços de Esgotos de Uberaba/Codau (Sindae).
Além das pautas e das declarações de Anderson Adauto sobre os servidores concursados, também será tema do ato público o uso das súmulas vinculantes 15 e 16 do Supremo Tribunal Federal (STF) para calcular os salários dos servidores da Prefeitura de Uberaba.
As súmulas preveem que nenhum servidor pode ganhar menos do que o salário mínimo nacional – hoje, em R$ 622, mas incluem nos cálculos todas vantagens conquistadas pelo servidor ao longo de seu trabalho
APOIO - Reunião entre os três sindicatos foi acompanhada por representantes da CTB/MG - Confederação das Trabalhadoras e dos Trabalhadores do Brasil, seção Minas Gerais.
Foto: Enerson Cleiton