Adiada novamente a votação do Projeto de Lei 114/2019 que trata da revisão dos vencimentos dos servidores da Prefeitura. O texto do PL, de autoria do Executivo, estabelece 8.8% de ajuste, enquanto a categoria aprovou 10% em assembleia.
Pedido de vistas formulado pelo vereador Fernando Mendes, acatado por unanimidade pelo Plenário, preocupa a Diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Uberaba (SSPMU).
“É prejuízo para a categoria”, avalia o presidente do Sindicato, Luís Carlos dos Santos, para quem o pedido de vistas vai apenas protelar a aprovação do projeto, pois a Administração Municipal já disse e reiterou que não existe margem para ampliar o índice proposto.
Ainda segundo o dirigente sindical, a aprovação também não impede que SSPMU e Prefeitura voltem à mesa de negociação no segundo semestre, como foi discutido em reunião na véspera da sessão plenária. Questionado por alguns vereadores pelo fato de não ter convidado para esta reunião os servidores da comissão criada em assembleia para acompanhar as negociações, Luís Carlos esclareceu que os integrantes do colegiado estão agindo a revelia do Sindicato.
“Eles estão se reunindo com vereadores, produzindo ofícios, atuando totalmente descolados do SSPMU”, acrescenta o presidente. “Essa comissão é importante, mas foi criada para auxiliar o Sindicato. Somos os legítimos representantes do servidor. É preciso respeito”, afirmou o dirigente sindical.
Em que pese o posicionamento do líder classista e de parte dos servidores que estavam no plenário, para que o PL fosse aprovado, o vereador apresentou o pedido de vistas, argumentando que as negociações não esgotaram. Ele tem até 15 dias para devolver o texto ao plenário para inclusão em pauta de votação.
Secretários de Administração, Rodrigo Vieira, e de Governo, Luiz Dutra, participaram da reunião e reforçaram os 8.8% de ajuste. “O Governo mantém o índice porque tem responsabilidade, prioriza o pagamento dos salários em dia, o plano saúde e o tíquete alimentação”, afirmou Vieira, segundo o qual, conforme a demora para aprovação do projeto, o retroativo pode não ser pago na íntegra, sendo necessário parcelar.
As próximas reuniões serão apenas em Maio, a partir do dia 13. “A gente percebe que essa discussão está virando política partidária, em prejuízo da grande maioria dos servidores”, desabafou Luís Carlos, reiterando todo empenho do Sindicato nas negociações. Mas se o Governo fechou questão, os sindicalistas acreditam no empenho do vereador Fernando, que junto com o SSPMU, tentará mais uma última vez sensibilizá-los.
Além disso, ele coloca que o Sindicato fez e faz muito para a categoria, com ações diversas e não apenas focando na questão salarial. “Buscamos a constante melhoria da qualidade de trabalho do servidor”, finaliza.
Renata Gomide
Assessoria de Imprensa – SSPMU
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